Artigos Publicados

*Artigo publicado n’O Riachense, em Dezembro de 2010



CARTA AOS SÓCIOS DA SOCIEDADE VELHA FILARMÓNICA RIACHENSE

Caro sócio,
Mais uma vez, tem esta Direcção o prazer e a honra de se dirigir aos sócios da Sociedade Velha Filarmónica Riachense. Aproveitamos esta oportunidade para saudar com especial carinho os oitenta novos associados, que passaram a integrar esta grande família nos últimos nove meses. Nos tempos de crise que vivemos, trata-se de um significativo crescimento.


É com grande satisfação que a Direcção apresenta, agora, as mais recentes contrapartidas para os sócios desta colectividade, a saber:
♪    Protocolo TRANQUILIDADE – Através do Gestor de Seguros David Paula, mediador Tranquilidade, com descontos até 25% em apólices. Por cada apólice estabelecida, neste âmbito, a SVFR recebe uma semínima.
♪    Protocolo OPTIMUS – Chamadas e mensagens a 0,00€ entre utilizadores, 30 minutos grátis por mês para outras redes, oferta de 50 euros para aquisição de telemóvel e cartão, num máximo de 5 cartões por adesão, com portabilidade gratuita. Mensalidade de 7.80€ (acordo sujeito a alterações).
♪   Protocolo Agência Viagens VIAJESMINHO – Desconto de 10% em viagens realizadas pela agência Viajesminho (5% em favor do sócio e 5% revertem para a S.V.F.R.), duas viagens por ano oferecidas à S.V.F.R.


Fruto da criatividade e inovação, características desta direcção, temos o prazer de lhe enviar um calendário de bolso 2011. Trata-se de uma colecção, que pretende incluir todos os instrumentos que compõem uma banda filarmónica, sendo cada calendário alusivo a um instrumento e incluindo uma imagem, um apontamento histórico e algumas características técnicas. A primeira edição compõe-se de 5 Calendários de Bolso 2011 (flauta, clarinete, saxofone alto, trompete e bateria), prevendo-se novas edições anuais. 

Caso pretenda adquirir a colecção 2011, pode fazê-lo na sede da Filarmónica ou através de algum dos elementos da direcção, pelo valor de 4 colcheias.

Num esforço dinâmico de ultrapassar as dificuldades de carácter financeiro que as colectividades desta Natureza enfrentam frequentemente, mas também procurando sempre a divulgação da cultura riachense e, em particular, da SVFR, foram encontrados novos parceiros. 
Assim, estabeleceram-se acordos com a ASSOCIAÇÃO DE COMERCIANTES INDUSTRIAIS e a “QUINTA DOS ÁLAMOS.”

Nesta quadra, como já é habitual, a banda realizará um concerto natalício, desta feita na Sede da Filarmónica, no dia 19 de Dezembro, pelas 16h00.



Já em Janeiro, no dia 9, uma reposição da peça teatral “As aventuras e desventuras da Carochinha e do João Ratão, em dia de grande emoção”.


Em 2011, pela primeira vez, está prevista a realização do I Jantar Concerto da Golegã, pela banda de Riachos, no Picadeiro do Largo do Arneiro, no dia 26 de Fevereiro, pelas 20h30. 
Ao Município da Golegã, que manifestou o desejo de receber este espectáculo, agradecemos o apreço demonstrado e a oportunidade de levar mais longe a cultura riachense.

Aproveitamos para deixar um curto registo acerca do blogue da SVFR (svfr.blospot.com), que conta já com 2500 visitas.


As instalações da Sociedade Velha Filarmónica Riachense encontram-se abertas às terças-feiras (18h00 às 21h030), sextas-feiras (18h00 às 23:30) e aos sábados (15h00 às 21h30), enquanto decorrem as aulas da Escola de Música e os ensaios da banda. A Sociedade Velha Filarmónica Riachense conta consigo!


A Direcção da Sociedade Velha Filarmónica Riachense, em seu nome e dos músicos, endereça a todos votos sinceros de que este Natal traga alegria, paz e muita felicidade para todos os dias do Ano Novo. 

Boas Festas.



*Artigo publicado n’O Riachense, em Novembro de 2010

S.V.F.R. NA RÁDIO DE T. NOVAS

No passado dia 2 de Novembro muitos riachenses acordaram a ouvir, na rádio local de Torres Novas, o nome de Sociedade Velha Filarmónica Riachense. O Maestro (e Presidente) da Filarmónica deslocou-se a essa estação de rádio a fim de conceder uma entrevista. Foram abordados alguns dos temas mais importantes desta colectividade: a sua história, currículo, inovações, futuro e pessoas que muito contribuíram para o seu engrandecimento.
Foi particularmente interessante um Riachense telefonar e, em directo, dizer que no passado não gostava de bandas filarmónicas mas que, desde que a banda inovou no seu repertório, na sua interacção com o público, nas explicações dadas sobre as obras que são executadas e nas curiosidades sobre os instrumentos, a sua opinião mudou e passou a ser um fã incondicional da banda de Riachos.

S.V.F.R. NA RÁDIO BONFIM
Também no dia 12 de Novembro, um grande riachense de nome Martinho Branco, ao serviço da rádio Bonfim, e filho de um antigo músico da filarmónica - Abílio Matos Branco - deslocou-se à sede da Filarmónica para aí fazer uma reportagem. Indagou das condições que a colectividade proporciona aos seus músicos, conversou com alguns elementos da direcção e falou ainda com alguns dos alunos que praticavam os seus instrumentos. Filmou parte do ensaio, que começou passados alguns momentos. Ficou, ainda, marcada uma entrevista entre o professor Martinho Branco e o presidente da Sociedade Velha Filarmónica Riachense para dia 24 do corrente mês de Novembro. Cumpre-se, assim, mais um dos pontos do programa da actual direcção da Filarmónica de Riachos, a divulgação da banda.

ESTANDARTE RENOVADO
Em virtude do estandarte já ter uns bons anos e algum desgaste acumulado, a direcção da colectividade entendeu que seria altura de renová-lo. Essa tarefa coube à loja “A Prendinha” de Teresa Cruz Cordeiro que, com todo carinho, deixou o nosso estandarte como novo, trabalho que executou a título gracioso. A S.V.F.R. agradece o seu elevado espírito sociocultural na certeza de que contribui para o engrandecimento desta colectividade.


ENCONTRO DE BANDAS EM ALHADAS COM 60 ACOMPANHANTES!
Os encontros de bandas são dos serviços mais aguardados pelos músicos, pois, tal como o nome indica, trata-se, essencialmente, de um convívio entre várias bandas que se deslocam dos pontos mais distantes do país para a demonstração da sua mestria musical.
No dia 31 de Outubro, a Sociedade Velha Filarmónica Riachense partiu às oito da manhã da sede, distribuída por dois autocarros com destino a Alhadas, concelho Figueira da Foz. Com o compromisso de aproximar a população da colectividade, a banda estendeu o convite a todos os que a quisessem acompanhar neste passeio. A população não poderia ter sido mais receptiva, e à banda juntaram-se mais de sessenta pessoas aliciadas pelo passeio, pelos concertos e, claro, pelo convívio.
A primeira paragem fez-se na Figueira da Foz. A chuva parecia ter estragado o passeio, mas ainda houve corajosos que se aventuraram na areia da praia, apesar do intenso vento e algum frio. Parados junto ao mercado da Figueira (onde se aproveitou para tomar um pequeno-almoço reforçado e fazer algumas compras), os músicos, a direcção e os amigos da banda que alinharam no passeio esperaram pela hora do almoço. Este foi servido pela banda debaixo de uma pala no jardim junto ao mercado e, mesmo de pé, a população aconchegou o estômago para a viagem ainda pela frente.
Chegados a Alhadas, os elementos da banda fardaram-se e rapidamente se prepararam para desfilar nas ruas da freguesia. Ao som da marcha “O Presidente António Conde”, a banda marchou em direcção à sede da Banda d terra, onde se juntou às duas outras bandas que já os esperavam: a Sociedade Boa União Alhadense e a Filarmónica Banda Vaguense. Depois de cumprir um dos protocolos de um encontro de bandas, a execução do hino da filarmónica, as bandas juntaram-se, literalmente, para tocarem a marcha “Lira 2003”, a qual foi recebida com aplausos de todos os que assistiam.
Após o cumprimento dos protocolos, a Sociedade Velha Filarmónica Riachense foi a primeira banda a dar concerto. Obras como a “Marcha Eslava”, “Virgínia” ou “Abertura da Páscoa Russa” maravilharam a audiência (a qual era composta pela nossa extensa comitiva…). Não menos maravilhado ficou o público com os concertos que se seguiram, das restantes bandas, pois todas elas executaram obras com semelhante beleza.
Concluída a tradicional troca de galhardetes e palavras amigas, músicos e populares uniram-se num lanche ajantarado, servindo de despedida, pois a banda de Riachos e de Vagos ainda tinha uma longa viagem pela frente.
Os concertos aqueceram os corações do público, o passeio (apesar do mau tempo) espaireceu a alma e o encontro de bandas cumpriu o seu objectivo maior: o saudável convívio e a partilha musical.
Alina Sousa



*Artigo publicado n’O Riachense, em Outubro de 2010


GRANADA!
Foi dia de casa cheia! Cerca de 500 pessoas sentaram-se à mesa no Palácio dos Desportos para assistir ao IX Jantar Concerto da Sociedade Velha Filarmónica Riachense (SVFR).
Foi no dia 23 de Outubro que a grande noite aconteceu. A expectativa de um público ávido e atento foi, desde cedo, motivo de orgulho para a SVFR e origem de grande concentração por parte de todos os músicos. As surpresas foram crescendo, como a música, numa noite fantástica de espectáculo e brilho.
O Jantar estava marcado para as 20h30, mas muito antes disso, muitos espectadores já se encontravam à espera para tomar o seu lugar.
A Banda subiu para o palco às 21h, logo após a sopa começar a ser servida. A noite começou repleta de grandiosidade, ao som de obras como Russian Easter Overture e Slavish March, que encantaram o público desde o primeiro minuto.
A segunda parte do concerto começa com a dança da valsa. O público foi convidado a dançar ao som de Second Waltz, de Dimitri Shostakovich, convite aceite com bastante agrado por vários pares de dançarinos.
Logo após, surge a primeira surpresa da noite. Eis que é chamada ao palco Catarina Batista. Clarinetista profissional, é executante na Banda da Força Aérea Portuguesa, e foi acompanhada pela SVFR numa peça a solo para Clarinete. Um grande momento, numa grande noite.
Pouco depois foi tempo de passarmos a outros cantos. Pedro Tavares encanta toda a sala com a sua monumental voz.
A noite foi dedicada à cooperação da banda com outros artistas. Um grupo de bailarinas de Riachos, ensaiadas pela Gabi, professora de dança de Riachos, coreografou a obra Virgínia, de Jacob de Haan.
Como a noite ainda prometia, foi a vez de Teresa Tapadas subir as escadas da noite. Cantou os seus fados acompanhada pela banda, ouvindo a cada música aplausos bastante calorosos.
O café e os bolos já estavam servidos. A noite estava a chegar ao fim. No entanto, o Maestro decide surpreender, mais uma vez, toda a gente: Teresa Tapadas e Pedro Tavares, interpretaram, em dueto, a peça Granada! Que momento de arrepio! Toda a plateia aplaudiu de pé, e os músicos já tocavam sem olhar para o papel, só para ver e ouvir com mais atenção a execução dos dois cantores. Este foi o momento alto da noite, que exigiu uma repetição da música. O público já sabe que, quando quer um encore, tem que aplaudir de pé. Naquele momento, a vontade do público foi bastante clara, e ouviu-se Granada novamente, com Pedro Tavares e Teresa Tapadas numa performance excepcional.
A noite foi esplêndida. Todos os que assistiram e viveram o espectáculo do dia 23 de Outubro terão, com certeza, vontade de repetir. Para o ano há mais… vem aí o X Jantar Concerto da SVFR… em 2011!
Catarina Inverno




*Artigo publicado n’O Riachense, em Outubro de 2010


500 PESSOAS NO IX JANTAR-CONCERTO DA SVFR!
Foi assim que terminou mais um jantar-concerto produzido e realizado integralmente pela Sociedade Velha Filarmónica Riachense: em grande apoteose!!
É importante referir que este mega-espectáculo se realizou pela primeira vez em 2002, resultado de largos meses de reflexão entre o ex-presidente da Direcção, Sr. Bernardino Carrilho, e o Maestro Carlos Mendes. Em boa hora o fizeram, pois este evento tornou-se na maior fonte de receita da colectividade.
Apesar do início modesto, com apenas 60 espectadores, realizado na própria sede da Filarmónica, o crescimento e o sucesso deste original concerto são evidentes.
Curiosamente, a Banda apresenta-se agora com um número de músicos superior ao público presente nessa primeira noite.
Actualmente, já outras filarmónicas, bem perto de nós, inspiradas pelo sucesso da Filarmónica Riachense, começaram a realizar o seu jantar-concerto, trilhando o caminho que há quase dez anos percorremos. É caso para dizer que a SVFR está na vanguarda!
Nesta última década, como é conhecido de todos, este agrupamento musical evoluiu musicalmente e granjeou excelente reputação. De tal forma que a amizade e o contributo de outros artistas se proporcionou, enriquecendo cada vez mais as suas actuações. Desta vez, pudemos contar com a fadista Teresa Tapadas, o tenor Pedro Tavares, o artista plástico MASOFI e a professora de dança Gabi. A Direcção da SVFR agradece, uma vez mais, a sua preciosa participação, pois revelaram enorme generosidade e responsabilidade cultural.
Não podemos esquecer todos quantos contribuíram para a realização deste evento. Assim, os nossos calorosos agradecimentos extendem-se à Equipa de Apoio a Eventos, responsável pela confecção da refeição e serviço prestado durante o jantar, e aos pais de diversos músicos, que muito se esforçaram durante três longos dias.
À Escola EB1 de Riachos, agradecemos a cedência de diversos trabalhos da Exposição de Instrumentos Musicais que foram expostos durante o jantar.
Uma palavra de apreço também para os Patrocinadores deste espectáculo (Intermarché de Torres Novas, Café Pacheco e Julião e Filhos, LDA). Agradecemos especialmente à Autarquia de Torres Novas pela cedência do Palácio dos Desportos.
Por fim, os músicos! Sempre os músicos!! São eles o grande baluarte desta instituição. São eles que, coroando 126 anos de história, protagonizam um dos momentos mais marcantes e espectaculares desta colectividade.
Todos, sem excepção, têm contribuído para um ano extremamente profícuo e sensacional na longa história da colectividade, que se reflecte na admiração e respeito não só dos riachenses mas de todos quantos nos ouvem.


FILARMÓNICA “ACOLHE” PROVA DE BTT
No passado dia 17 de Outubro, a Filarmónica organizou, em conjunto com a organização “Trilhos do Paul”, a recepção aos participantes da Prova de BTT.
Assegurou o abastecimento de água e fruta durante a realização da prova, o apoio na sinalização do percurso e o almoço, que foi servido nas instalações do refeitório da Escola EB2,3 António Chora Barroso. De salientar o agrado de todos os participantes pela qualidade da refeição, que ficou a cargo da equipa de cozinha da escola, a quem endereçamos os nossos agradecimentos.
Esta actividade, como outras desenvolvidas ao longo deste ano, cumpre dois dos objectivos da actual Direcção: a colaboração com outras associações de Riachos e a procura de fontes de receita que contribuam para o equilíbrio financeiro da colectividade.
Aos elementos da organização “Trilhos do Paúl”, a Filarmónica Riachense agradece a preferência e a confiança demonstrados numa parceria bem sucedida.




*Artigo publicado n’O Riachense, em Outubro de 2010


UMA ESTRELA ONDE VIVE GENTE…
Acham que não existe vida nas estrelas? Acham!?!
A S.V.F.R. descobriu que, afinal, é possível!
No passado dia 26, a nossa Banda foi até Almeida, no distrito da Guarda, através de um protocolo entre a Câmara Municipal de Torres Novas e a Câmara Municipal de Almeida.
Esta é uma pequena vila escondida no mapa, e que infelizmente, poucos conhecem, mas que tem em si uma pequena grande riqueza. Está rodeada de uma enorme muralha de pedra, em forma de estrela, que foi construída em prol da população, o que faz desta vila algo único.
Como não podia deixar de ser, toda a viagem foi repleta de animação: música, cantoria, anedotas e muita risota! Ao fim de três horas de viagem chegámos ao destino, onde fomos muito bem recebidos por todos os habitantes e onde nos esperava uma mesa repleta de ginja e bolinhos.
Até ao almoço, a manhã foi nossa! Passeamos nas muralhas, admirámos as paisagens, visitámos o museu da fortaleza, andamos a cavalo e ainda tivemos tempo para uma bela sessão fotográfica!
Depois de reconfortados com um belo porco no espeto e um arroz de feijoca, dirigimo-nos ao centro da vila onde concretizamos o verdadeiro objectivo da nossa viagem: um maravilhoso concerto para uma maravilhosa assistência. Passamos por vários estilos musicais, desde o Clássico ao Ligeiro, do Estrangeiro ao Português, com a nossa vocalista, Fátima Correia ao microfone. No final do concerto fomos aplaudidos de pé e presenteados pelas amigas palavras dos representantes de Almeida.
Ao lanche disseram-se as últimas palavras de despedida e os últimos “até breve” no meio de dança, risos e diversão, ficando a promessa de um dia lá voltar.
Como se diz pelas terras de lá: “Alma até Almeida!”
Carolina Martins, Eva Amado, Naíde Domingos


ELEIÇÃO DA NOVA MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL
No passado dia 24, reuniu a Assembleia-Geral na Sede da Filarmónica, pelas 21 horas. Na ordem de trabalhos constavam a cessação de funções do Presidente da Mesa bem como a eleição dos elementos da nova Mesa da Assembleia-geral.
Assim, o presidente cessante esclareceu os presentes acerca dos motivos, de carácter pessoal e profissional, que o levaram a abdicar do cargo que exercia desde 2001. O vice-presidente cessante desta Mesa, António Augusto Coêlho, propôs a expressão de um voto de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por José Manuel Martins durante este período, sugestão aprovada por unanimidade. Procedeu-se, de seguida à votação, tendo a nova Mesa da Assembleia-geral sido eleita por unanimidade de votos e constituída pelos seguintes elementos: Presidente - António Augusto Lopes Coelho; Vice-presidente - Carlos António Barroso Mendes; Secretário - João de Matos Ferreira.
Importa, ainda, referir que a Direcção solicitou ao Presidente cessante a entrega de documentos indispensáveis à manutenção do Estatuto de Entidade de Utilidade Pública, de que a SVFR usufrui, documentos esses que se encontram em falta desde 2006.
Por último, a Medalha de Ouro oferecida à colectividade pela Câmara Municipal de Torres Novas, no seu centenário, foi entregue pelo Presidente cessante ao recém-eleito Presidente da Assembleia-Geral.




*Artigo publicado n’O Riachense, em Setembro de 2010


FESTA EM BUGALHOS
No passado dia 5 de Setembro, a Filarmónica cumpriu, provavelmente, o último serviço remunerado do ano. Provavelmente, porque o auge das festas é no Verão e este está a terminar. Assim, foi durante o período de maior calor do dia que 52 músicos da SVFR realizaram o peditório pelas ruas da aldeia de Bugalhos. Apesar do esforço, notou-se a satisfação e o empenho de cada músico.
Depois do peditório, seguiu-se um lanche reforçado para retemperar forças para a procissão. Com o estômago muito composto e a conversa em dia, os músicos dirigiram-se, à hora marcada, para a igreja a fim de dar início à procissão, que decorreu sem problemas, excepção feita aos pés do trompista Bruno Gomes que ficaram com algumas mazelas e até pareciam nem caber nos sapatos!!!
Seguiu-se o jantar e o regresso a casa. Apesar da viagem ser curta, ainda deu para algumas “cantatas” no autocarro. Importa referir que, não obstante a crise económica, a diminuição deste tipo de festas e a concorrência ser feroz, este ano esta colectividade conseguiu contrato para três serviços remunerados.


CONCERTO NO CAFÉ PONTO DE ENCONTRO
Sábado, 18 de Setembro: um dia muito feliz, especial e importante para a SVFR. Foi neste dia que a banda preparou e dedicou um concerto, principal e especialmente para os seus associados, mas também para todos os riachenses que desejaram estar presentes. Esta actividade insere-se num dos principais objectivos da Direcção, que é aproximar, cada vez mais, a banda dos seus associados e, se possível, aumentar a sua massa associativa.
Assim, a concentração foi marcada para as 20h e, depois de formada, a banda iniciou um desfile até à estação, passando pelas 1ª e 2ª fases do Bairro Sopovo. Foi bonito ver os moradores a abrirem portas e janelas para ouvir e aplaudir a banda. Houve, ainda, tempo para uma paragem em casa de um dos expoentes máximos desta colectividade, o Sr. José Paiva, em jeito de homenagem. Com um pequeno e emotivo discurso do Presidente da Filarmónica, os mais jovens elementos da banda ficaram a conhecer um homem extremamente dedicado que foi presidente e dirigente desta colectividade durante quase meio século.
A arruada terminou no café “Ponto de Encontro”, onde os músicos puderam dar largas à sua veia musical e proporcionar um grande espectáculo. De tal forma que, no final, a S.F.V.R. recebeu a inscrição de 10 novos sócios (além das propostas que por lá ficaram para serem entregues mais tarde, na sede…), várias reservas para o Jantar-Concerto e ainda donativos, fruto da generosidade dos riachenses presentes.
Foi com enorme satisfação que a Direcção verificou o êxito desta iniciativa, patente na alegria e divertimento de uma plateia entusiástica.
A S.V Filarmónica Riachense agradece a todos quantos contribuíram para a realização deste concerto, nomeadamente os responsáveis pelo café Ponto de Encontro, o ex-presidente da filarmónica, Sr. Bernardino Carrilho, não esquecendo outros patrocinadores: “A Lojinha” de Carlos Nunes e o “Supermercado Velez”. 
A todos, bem-haja!




*Artigo publicado n’O Riachense, em Setembro de 2010


Não sei porquê, mas cada vez que aparece um convite como este que fez a Filarmónica, sinto-me logo atingido e com, se não obrigação, com o dever de colaborar e, desde já, convido eu outros colaboradores para participar nesta rubrica porque já não estamos numa Aldeia de analfabetos. Tanta gente que sabe escrever, façam o favor de ajudar para que eu não me sinta apertado para em breve ter de voltar a escrever. Há-de haver muita gente que saiba uma história, um acontecimento qualquer de relevo para contar.
Sou sócio desde a década de 1950, talvez 1954, e já antes de ser sócio gostava de ouvir os ensaios. Os ensaios gerais eram verdadeiros concertos que eu, jovem naquele tempo, me regalava de ouvir.
Também me enervava com as admoestações do Mestre Vargas, que o executante Carlos Conde e outros não suportavam e arrancavam para não aparecem durante algum tempo, até que saíram de vez e voltaram a aparecer com o Mestre Domingues, natural da Mata. Diga-se que o meu temperamento também não aguentava aquelas admoestações tão agressivas!
“Anel de Ferro”, “Uvas do Douro” e, salvo erro, a “Quinta Sinfonia de Beethoven” e que eu gostava mais de ouvir, mas também gostava muito das marchas. A marcha “Romarias” é muito bonita, o “Roldão” e outras, claro. Desde então, tenho acompanhado com alguma assiduidade (não muita) esta querida colectividade e acarinhado, visto ser a segunda colectividade mais antiga da nossa terra. E, de há uns anos a esta parte, aumentei a minha quota cem por cento e, de vez em quando, ofereço um “sol”.
Fui cobrador da Sociedade, fui Director e fui músico, isto é que muita gente não sabia. Quando da inauguração a Ambulância, o “pratelheiro” estava com um pé partido. Então, como me conheciam alguns dotes de ouvido, pois toquei bombo na Fiação, convidaram-me. Foi o suficiente para ficar o meu nome como músico no belo livro da Filarmónica, que se fez por essa ocasião, que foi também o seu centésimo aniversário. Fui porta-estandarte e ainda fiz algumas arruadas.
Digamos, que não me canso de o dizer, que o amor que o Francisco da Clara tinha e tem pela Filarmónica, o levou durante bastante tempo a ir abrir a porta uma vez por semana, durante o tempo que a banda esteve inactiva, para que não se perdesse a posse da colectividade.
As mulheres dos músicos tinham uma grande prazer em que o seu homem fosse músico e esmeravam-se a zelar-lhes a farda.
Eu arrepio-me ao ouvir a nossa banda e até me emociono. Um dia, quando a banda veio ao bairro de São João, senti uma emoção tão forte que tive me ausentar. Devia ser também já da velhice.
É que eu tenho um grande respeito por estas organizações que dão muito trabalho, e, quem as compõe, acaba por considerar um dever quase sagrado, muitas vezes a sacrificar o seu quotidiano. Isto falando de direcções e de músicos. Quanto respeito não me merece ver tantos jovens e criancinhas, permitam-me que o diga, pois chegam a estar à estante crianças com nove aninhos!! Quantas direcções passaram por esta Sociedade? Muitas estão escritas no livro da Filarmónica e, como os músicos são muitos mais, não vamos exigir que todos fiquem na história.
Quanto às direcções, e como nas outras colectividades, umas fazem mais, outras menos, mas, certamente, todas fizeram o que puderam e souberam. São sempre de louvar as pessoas que têm coragem de enfrentar estes encargos. Há pessoas que têm mais apoios, mais ajudas, o que depende de vários factores. É preciso muito dinamismo, muita vida, e nunca esmorecer. Mas, quando uma direcção, ou apenas o Presidente, é quase obrigado a ficar outro mandato por falta de elementos e fica apenas para a porta não fechar, já sabemos que é mais brando nesse mandato. Ninguém diga: “Ficou porque quis”, porque o amor à camisola não permite que a porta feche e, assim, se alguns elementos da direcção podiam ficar livremente, aquela pessoa que lidera a colectividade pode não estar disponível a cem por cento.
Que eu o diga que, com trinta crianças no Atletismo, fiquei sem o meu braço direito por motivos profissionais e não os podia abandonar. Fui aguentando com menos interesse até que si. Desabafei com alguém sobre a minha ocupação, que até a horta passava sede, que me responde: “Vocês gostam disso…”.
As direcções lideram as colectividades porque gostam, sim, mas também por se preocuparem com o que é da sua terra, porque a amam, mas esta palavra para muita gente é vã. Também há aqueles que colaboram para agradar a este ou àquele, procurando conveniências. Eu, no meu percurso, considero-me, simplesmente, um mal-amado, mas se esta querida colectividade estivesse em vias de fechar por falta de Direcção, mesmo com os aninhos que já tenho era capaz de me empenhar em arranjar Direcção e fazer novamente parte dela.
Despeço-me um tanto emocionado com um grande abraço para todos.
FORÇA MINHAS QUERIDAS MENINAS E MENINOS, SEM ESQUECER OS GRAÚDOS!
Manuel Carvalho Simões




*Artigo publicado n’O Riachense, em Agosto de 2010


FESTA EM SALAVESSA
Agosto é, normalmente, um período de descanso para os músicos da Filarmónica Riachense.
Este ano, porém, surgiu um pedido para a banda participar nos festejos de Salavessa, uma pequena aldeia do Nordeste Alentejano, situada na margem Sul do Tejo, no concelho de Nisa, que conta cerca de 80 habitantes.
Os músicos cá da terra não se negaram e interromperam o merecido descanso. Assim, na véspera realizou-se um ensaio para “desenferrujar” embocaduras e “olear” dedos, e ainda houve tempo para uma churrascada em casa do Maestro.
Partindo de Riachos às 16 horas do dia 15 de Agosto, a viagem decorreu tranquila e com algum calor à mistura até Nisa pois, a partir daí, o GPS indicava o percurso mas não mostrava as características das vias, sendo necessário arripiar caminho devido ao estreitamento das mesmas.
Depois de muitas curvas, altos e baixos, a banda chegou por fim a Salavessa a tempo de executar algumas marchas pelas ruas da aldeia a fim de despertar a população para a festa que decorria naquele domingo. Esta foi, provavelmente, a arruada mais curta da história da SVFR: após 200 metros, o Maestro mandou parar a banda, causando gargalhadas e perplexidade dos músicos, já habituados a grandes percursos.
Os músicos fizeram uma pausa enquanto decorria a missa e, enquanto alguns aproveitaram para descansar da longa viagem, outros quiseram conhecer melhor o local e outros ainda dedicaram-se a esgotar os gelados!! do pequeno café, onde a proprietária não tinha mãos a medir com o desusado movimento.
Após a missa, a banda formou para tocar na procissão em honra da padroeira da terra.
Os habitantes acompanharam a banda e, com simpatia, esperaram que os músicos e maestro se instalassem no palco das festas da aldeia.
As dimensões reduzidas do palco obrigaram a alguns improvisos no que diz respeito à disposição dos naipes, mas nada que pusesse em causa o concerto que se avizinhava. Assim que a Sociedade Velha Filarmónica Riachense se instalou devidamente no pequeno palco, a população de Salavessa pôde escutar obras como “Depois do Adeus”, “Stori di tutti i Giorni”, “I will Survive” e “The Best of Village People”, que o público recebeu muito calorosamente.
O concerto acabou já de noite e a longa viagem que os músicos tinham pela frente fê-los ir logo de seguida em direcção ao autocarro que os transportara para arrumarem os instrumentos e outros materiais necessários à execução do serviço. Instrumentos arrumados, seguiu-se um jantar para acalmar o estômago até à chegada a Riachos, que decorreu na antiga escola primária da terra e, de lá, a Banda Filarmónica fez-se à viagem.
Embora o serviço tenha sido agradável, longe de muitos serviços cansativos a que a colectividade já está habituada durante o Verão, o cansaço apoderou-se dos músicos, que aproveitaram a hora e meia de viagem para descansar (afinal o dia seguinte era de trabalho para alguns...).
Segundo a organização dos festejos, a população local apreciou bastante o trabalho realizado pela Banda de Riachos, tanto que ficou já apalavrado o serviço para o próximo ano.
Em Setembro, a Sociedade Velha Filarmónica Riachense regressará para dar continuidade a mais projectos arrojados e para voltar a tocar mais e melhor música.
Alina Sousa




*Artigo publicado n’O Riachense, em Agosto de 2010


10º ANIVERSÁRIO DAS “CAMPONESAS DE RIACHOS"
No dia 1 de Agosto à tarde, e para comemorar mais um aniversário, o Grupo de Cantares Populares “As Camponesas de Riachos” fez-se acompanhar de amigos no palco da Casa do Povo de Riachos. Ao completarem 10 anos de existência, as Camponesas de Riachos mostram uma vitalidade e força de vontade invejáveis, às quais a Sociedade Velha Filarmónica Riachense quis prestar a merecida homenagem.
Após a actuação das aniversariantes, que, como sempre, fizeram o encanto dos que, nostálgicos, lembraram os tempos de trabalho no campo onde se entoavam cantigas do quotidiano rural, seguiram-se as actuações do Rancho Folclórico de Vale de Santarém e, claro, do Rancho Folclórico “Os Camponeses de Riachos”, que nos presentearam com o sempre belíssimo fandango, agora trazido nos pés não só dos homens, mas também das mulheres; um espectáculo sempre ansiado pelo público que aplaude igualmente o fandango no feminino. Também de pé foi aplaudido António Veríssimo que, como exímio fandanguista que era, foi lembrado por aqueles a quem deixa eternas saudades.
Depois dos bailes, seguiu-se a Orquestra Ligeira da Filarmónica Riachense. Foi com prazer que a Sociedade Velha Filarmónica Riachense aceitou o convite para a comemoração do décimo aniversário das “Cantadeiras” (como elas são carinhosamente conhecidas), porém, e levando a cabo um dos mais recentes projectos, a direcção da SVFR quis antes mostrar ao público a faceta ligeira desta colectividade e, nessa medida, proporcionar um espectáculo que se adaptasse ao público e à circunstância festiva.
Assim, um total de 25 músicos que, desta vez, integraram a Orquestra Ligeira subiu ao palco para executar peças tais como “My Way”, “I will Survive”, “Holiday In Rio” e, em jeito de homenagem às Camponesas de Riachos, “Romarias”, uma peça que a banda tocara em parceria com as aniversariantes há uns anos. A Orquestra Ligeira da Filarmónica Riachense cumpriu assim o seu objectivo de entretenimento, de agradar a um público cujas expectativas se centram no reconhecimento das melodias que escutam, e de preencher um palco que já não tem capacidade para os actuais setenta músicos que compõem a SVFR. Desta vez sem a farda oficial, mas de indumentária significativamente mais ligeira, os músicos da Orquestra alegraram o aniversário das Camponesas de Riachos, que culminou com uma sessão de fados.
As camponesas presentearam ainda os participantes com um lanche, o que tornou aquela tarde numa agradável festa. Uma festa que reconhece o valor de cinco mulheres que fazem espalhar a sua arte pelo país e que, recentemente, gravaram mais um CD. Às Camponesas de Riachos os nossos Parabéns, pois dez anos de persistência e de amor pela tradição riachense devem ser aplaudidos.
Alina Sousa




*Artigo publicado n’O Riachense, em Julho de 2010


QUANDO o meu querido amigo, o Maestro Carlos Mendes, me pediu para escrever um artigo para o jornal pensei: E agora!? Sabem, é que por muito à vontade que me sinta no palco, nunca antes me tinha confrontado com um pedido igual. Não que escrever sobre a apaixonante experiência que tive com os jovens e excelentes músicos da Banda da Sociedade Velha Filarmónica Riachense seja difícil, difícil é conseguir pôr em palavras essa mesma experiência.
Mas talvez não seja assim tão difícil. Basta sentir toda a aplicação, todo o carinho, todo o excelente trabalho que, ao longo dos anos, o seu maestro tem dedicado à banda, aos seus músicos e à sua juventude. Quando temos o privilégio de ser acompanhados por uma envolvência musical tão rica, toda a magia do canto se engrandece.
No passado dia 28 de Novembro de 2009, a Sociedade Velha Filarmónica Riachense promoveu o seu jantar-concerto anual, no qual tive a honra de participar. Não foi a primeira vez que me apresentei com esta fantástica formação, e devo dizer que o primeiro impacto foi surpreendente.
Ao longo da minha carreira, tenho sido acompanhado por diversos tipos de projectos, desde o simples mas belíssimo som do piano à portentosa e envolvente formação sinfónica e ali estava eu, diante de um jovem grupo de músicos, sob a batuta do seu maestro, não sabendo bem o que esperar. E, de repente, as mais doces melodias soaram ao meu redor… Foi fantástico! Nem parecia que estava perante uma formação amadora. Amadora, sim, mas tão profissional como qualquer grande orquestra por onde tenho passado. Este facto deve-se à excelente formação musical e instrumental que é dada na própria escola de música da Sociedade Velha Filarmónica Riachense, onde o seu maestro e outros professores ministram um ensino personalizado, como me foi dado a conhecer. Os meus sinceros parabéns pelo trabalho realizado.
O Maestro…pois é! O Maestro Carlos Mendes. Tenho o prazer de o ter como amigo, colega de trabalho e companheiro nestas andanças pela música. Admiro-o pelo seu trabalho, pela sua dedicação e entusiasmo em tudo o que se propõe realizar. Foi graças a ele que me foi dado a conhecer esta excelente Banda Filarmónica.
Desde já, endereço-lhe os meus agradecimentos pelos convites que me tem feito e os meus parabéns pelo excelente trabalho que tem realizado em prol da música, da filarmónica, de Riachos e de suas gentes. Bem-haja.
Pedro Osório Tavares (Tenor)




*Artigo publicado n’O Riachense, em Julho de 2010


UM PASSEIO AO BALEAL
A vida de uma banda não se faz só de música e de ensaios, e para que esta consiga resistir a horas de calor de instrumentos em punho, tudo se faz para a manter motivada e unida.
Assim, e tal como tem vindo a acontecer nos últimos anos, a direcção proporcionou um agradável passeio aos músicos, directores e àqueles que quiseram fazer companhia à SVFR à praia do Baleal, em Peniche. No dia 10 de Julho, pelas 8 da manhã, já um autocarro repleto de gente bem-disposta arrancava da sede da Filarmónica para uma viagem ao tão ansiado destino: a praia. A viagem não poderia ter sido mais animada: aqueles que tentavam aproveitar para dormir as horas mal dormidas da noite anterior não foram bem sucedidos, pois os jovens do incansável megafone não permitiam momentos de sono. A animação vagueou por todo o autocarro e até se cantaram os Parabéns em plena auto-estrada ao maestro Carlos Mendes, que naquele dia completava mais uma primavera (quanto à idade, fica o mistério…).
Por entre todo o entusiasmo dos jovens (e outros não tão jovens mas ainda assim enérgicos) músicos, directores, familiares e amigos, a vice-presidente Elisa distribuiu bolinho caseiro aos que não tiveram um pequeno-almoço tão reforçado ou aos que, simplesmente gulosos, quiseram provar o resultado da habilidade pasteleira da Elisa. Por uma razão ou por outra, o bolo fez-se desaparecer da grande caixa.
As nuvens cinzentas que surgiram no céu causaram algum desapontamento a todos os que se preparavam para um dia soalheiro de praia, porém, quando chegados ao destino, foram surpreendidos pelo céu limpo e por um sol radioso (embora se fizesse sentir algum vento).
Como que em bando, os músicos levaram as suas geleiras e malas em direcção à beira-mar, que parecia ter sido reservada para eles, de tão pouco frequentada que estava naquele dia. Embora a bandeira amarela não permitisse grandes investidas no mar e a água algo fria afugentasse os mais sensíveis às baixas temperaturas, muitos se aventuraram cautelosamente pelo mar a fim de se refrescarem e de aproveitarem ao máximo a oportunidade se divertirem com os amigos nas tímidas ondas.
Estenderam-se as toalhas, colocaram-se os chapéus, apanhou-se sol, jogou-se às cartas e, para os mais irrequietos, houve jogos de futebol, acrobacias na areia e algumas danças improvisadas. O megafone continuou imbatível nas mãos do Pacheco e, mais tarde, nas da Leonor, que desafiavam todos à sua volta a reagir aos seus cómicos comentários. Os risos foram uma constante, a diversão não faltou.
O almoço, planeado para o meio-dia para que todos respeitassem a tão inoportuna digestão (não é, senhor maestro?), foi feito na base da partilha. É certo que algum frango assado se converteu estranhamente em frango panado e que parecia que a comida ganhava, também de forma bizarra, uma textura algo crocante…mas no final toda a gente ficou saciada, o que resultou nalgumas sestas debaixo dos chapéus-de-sol.
A espera até às 3 horas da tarde fez-se marcar por brincadeiras na areia pelos mais novos e por jogos de futebol e a bela da sueca pelos mais velhos. As conversas aproximaram músicos, directores, familiares e amigos num ambiente de boa disposição, que continuou até à segunda ronda de banhos.
A tarde seguiu-se bastante animada e pelas seis horas já se notava algum cansaço por parte dos mais irrequietos. Arrumaram-se as trouxas, deram-se os últimos mergulhos, deram-se os últimos retoques às construções na areia e todos se prepararam para a gravação para a posteridade daquele momento: a foto de grupo foi tirada com um grande grito de “Camaradagem!”
A viagem de regresso a Riachos foi relativamente mais calma e, desta vez, o sono já foi permitido. A diversão transformou-se em cansaço, mas ainda assim ficou a vontade de repetir este passeio para o ano e de organizar encontros como este de uma forma mais regular, sempre com o espírito de camaradagem à mistura.
Alina Sousa




*Artigo publicado n’O Riachense, em Junho de 2010


NOVIDADES…
Tal como estava previsto no programa desta direcção, foi finalmente colocada uma barreira de protecção em frente da porta de acesso da Sede da banda.
Trata-se de uma estrutura metálica com cerca de 3 metros de comprimento e tem por objectivo inibir as habituais corridas dos mais novos ao saírem das instalações da filarmónica, contribuindo, assim, para a segurança dos alunos da escola de música e dos músicos mais jovens.
De salientar que esta barreira é amovível, sendo colocada apenas durante o período de funcionamento das aulas e dos ensaios da SVFR, para que o passeio continue livre.
Aproveitamos para, mais uma vez e publicamente, agradecer ao Presidente da Junta, o Sr. João Cardoso, pela disponibilidade e celeridade na aprovação desta importante medida.


A VOZ DOS MÚSICOS
Desde o início desta colaboração com o Jornal O Riachense, pretendeu-se que este espaço não fosse exclusivo da Direcção da Filarmónica mas que servisse para “dar voz” a outros intervenientes (músicos, amigos, sócios…).
Asim sendo, aqui deixamos os testemunhos registados por duas jovens executantes.
«Para mim, a Banda não é apenas um lugar onde se aprende música, é mais que isso. A Banda de Riachos é a melhor, não só pela qualidade da música mas também porque os músicos se entregam de corpo e alma à banda e isso faz com que sejam os melhores. Mas, não são só os músicos, porque para se ter músicos, tem de haver alguém que os “crie”. E aí está o melhor Maestro do Universo e arredores!!!! Andar na Banda não é como andar no conservatório. A Banda é para toda a vida!»
Cláudia Santos, 14 anos


«A Banda… a música. A Banda é aquele lugar mágico onde me sinto FELIZ!
É naquela velhinha e humilde casa que tudo é mágico…
Pois quando nela entro, sinto… sinto a magia que a música me transmite, a magia que me faz bem, que me faz sonhar, acreditar que tudo é possível!
Nela sinto-me como se estivesse em casa. A Banda é, sem dúvida, a minha segunda casa, porque é lá que me sinto bem e é para lá que tenho vontade de ir sempre, a toda a hora.
o que me faz estar lá é a música, sem dúvida. Aquela música linda que me enche o coração, que me arrepia, que me comove… porque a música é… música é TUDO!
Faz parte de mim a cada minuto, a cada momento da minha vida.
Simplesmente… música para sempre!»
Inês Amado, 14 anos




*Artigo publicado n’O Riachense, em Junho de 2010


GRAVAÇÕES NA SEDE DA FILARMÓNICA
Foi a 27 de Maio que o grupo de cantares populares “As Camponesas” de Riachos se dirigiu à sede da Filarmónica para gravar um novo CD. Este segundo registo discográfico será composto por 21 cantigas tradicionais de Riachos, cantadas pelas mulheres que trabalhavam os campos agrícolas.
Mais uma vez, a edição ficou a cargo da Afinaudio, editora também responsável pela gravação dos CD’s da SVFR. Tal como o primeiro, este CD teve a colaboração do maestro da filarmónica.
Importa salientar que “As Camponesas” recebem muitas solicitações para espectáculos diversos, levando o nome da Vila de Riachos a todo o país, e foi com grande prazer que a banda, mais uma vez, acolheu as nossas “cantadeiras”.


RECEPÇÃO AOS CAMINHEIROS DO RIBATEJO
Fo dia 30 de Maio, a sede da SVFR recebeu o Grupo Caminheiros do Ribatejo com um belo repasto, organizado pela Direcção. No total, estiveram presentes 84 caminheiros, que desta vez se reuniram para um passeio intitulado “Pelos caminhos do Boquilobo”, num percurso com cerca de 14 km.


TEATRO
Finalmente, a estreia do grupo de teatro da Filarmónica.
Foi no passado sábado que a nossa sede teve o prazer de receber muitas meninas e muitos meninos, mas também outros "amantes" do teatro, que preencheram a sala com a sua energia e alegria. Pôde sentir-se o ambiente de uma verdadeira sala de espectáculos, num belo jogo de cor e luz.
Os actores portaram-se como profissionais e proporcionaram uma tarde animada e divertida a todos quantos assistiram.


A SVFR JÁ TEM UM BLOGUE
Sem dúvida que as novas tecnologias têm, actualmente, um papel fundamental na comunicação entre pessoas, permitindo acesso rápido a informação muito diversa e o contacto fácil mesmo com quem está “do outro lado do mundo”.
Entre os jovens, a par dos “sms”, a Internet e as suas redes sociais constituem, provavelmente, o principal meio de comunicação e a nossa filarmónica, como é bem sabido, é formada por um grupo maioritariamente jovem.
A Direcção julga, então, ser da maior importância que a colectividade se mantenha moderna e actualizada, criando um blog. Através dele, todos poderão manter-se a par das actividades da banda e ter “um cheirinho” do que se lá passa, através das fotografias e dos textos publicados.
Por isso, aqui deixamos um convite a todos os riachenses, em especial aos sócios da SVFR:
Visitem-nos em svfr.blogspot.com!


COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA
Na terça-feira, 8 de Junho, pelas 21h, a Escola Básica Dr. António Chora Barroso, de Riachos, comemorou o Centenário da República na sede da Filarmónica. Apresentou um programa rico e variado, que incluiu a exposição de uma grande diversidade de trabalhos desenvolvidos por alunos. O evento reuniu um bom número de espectadores e visitantes, e foi bem patente o agrado de todos os presentes pela experiência proporcionada. No final, alguns elementos da banda de Riachos (também eles alunos da escola) executaram o Hino "A Portuguesa", acompanhando um grupo de pequenos cantores.


FESTA DO PADROEIRO
Este ano, a festa decorreu entre os dias 9 e 13 de Junho. Como é habitual, a Filarmónica Riachense marcou presença em vários momentos, dando assim um contributo marcante nestas festividades.
Assim, realizou um concerto no dia 10, participou no Serão Riachense no dia 12 e, num dos momentos mais altos da festa, acompanhou a Procissão.
Relativamente às Marchas de Santo António, em vez da Marcha de Santo António Riachense, escrita e composta especialmente para esta ocasião, os “marchantes” preferiram uma marcha de 1950, intitulada “Noite de Santo António” e imortalizada pela fadista Amália Rodrigues.
Não foi fácil, ao maestro Carlos Mendes, encontrar registos musicais tão antigos. Foi, ainda, necessário realizar a gravação da obra para que os elementos da marcha pudessem ensaiar.


NOVOS PROTOCOLOS PARA ASSOCIADOS DA S.V. FILARMÓNICA RIACHENSE
Desde que tomou posse, em Fevereiro deste ano, a nova Direcção da SVFR “deitou mãos à obra” e, até ao momento, cativou já 26 novos sócios.
Como forma de retribuir a preciosa ajuda prestada pelos sócios através do pagamento de quotas, a Filarmónica estabeleceu um protocolo com o Gestor de Seguros David Paula, através do qual qualquer sócio desta colectividade poderá usufruir de até 25% de desconto em seguros Tranquilidade.
Por cada apólice contratada no âmbito deste protocolo, a Banda receberá um euro.
Informamos ainda que, a partir de Junho, se encontrará disponível para consulta, na sede da Filarmónica, o Balancete de cada mês.
Em resposta a numerosas solicitações, passamos a enumerar o elenco que compõe a actual Direcção da SVFR: Presidente Carlos Mendes; Vice-Presidente Elisa Amado; 1º Secretário Adriano Sousa; 2º Secretário Alina Sousa; Tesoureiro José Júlio Ferreira; Vogais: José da Guia; Paulo Domingos; Vítor Almeida; Dora Bento; José Fernando Triães; José Manuel Graça; Gabriel Ferreira; Alexandra Rodrigues; Valdemar Lopes; Davide Costa; Luís Santos; Eduardo Batista; Joaquim Afonso; Marco Gomes; António Pacheco e Fátima Silva.
Sempre no sentido de acarinhar e aproximar cada vez mais os associados da banda, a Direcção tomou a iniciativa de se dirigir a cada sócio através de uma carta. Sendo impossível chegar a todos, por falta de informação relativa aos endereços, aqui a publicamos, na íntegra:


Carta aos Sócios da Sociedade Velha Filarmónica Riachense
Caro sócio,
Como é do vosso conhecimento, no dia 6 de Fevereiro do presente ano, foram eleitos os novos corpos sociais da Sociedade Velha Filarmónica Riachense.
A nova direcção estabeleceu no seu programa uma série de objectivos que pretende atingir e projectos que deseja desenvolver, assumindo também uma mudança no que respeita à interacção com a comunidade e com a sua massa associativa.
Assim, é com enorme honra e sentida gratidão que a Direcção da Sociedade Velha Filarmónica Riachense se dirige aos seus sócios, que verdadeiramente constituem esta sociedade, demonstrando grande sentido cultural e real amor ao que é riachense.
Entendemos que, numa colectividade como esta, o sócio se reveste de uma importância que não se esgota no pagamento de quotas (contribuição singularmente importante).
Por isso, um dos nossos objectivos maiores é reaproximar a filarmónica dos seus associados, mantendo uma comunicação fácil e frequente, facilitando o acesso à informação acerca das actividades desenvolvidas e de projectos em curso (como, por exemplo, a publicação periódica de um artigo no jornal O Riachense) e convidando cada associado a envolver-se pessoalmente numa casa que é de todos e de cada um dos sócios nela inscritos.
Prevê-se, também, a realização de eventos especialmente dedicados aos sócios desta colectividade, como o concerto ao ar livre que se realizará a 25 de Setembro, na 1ª fase do bairro Sopovo.
As instalações da Sociedade Velha Filarmónica Riachense encontram-se abertas às terças-feiras (18h00 às 21h030), sextas-feiras (18h00 às 23:30) e aos sábados (15h00 às 21h30), enquanto decorrem as aulas da Escola de Música e os ensaios da banda.
A Sociedade Velha Filarmónica Riachense conta consigo!




*Artigo publicado n’O Riachense, em Maio de 2010


FESTIVAL DE BANDAS DE ACULMA
No dia 8 de Maio, a Filarmónica Riachense deslocou-se à freguesia de Marvila, em Lisboa, para participar nos festejos de aniversário da associação ACULMA, onde também estiveram presentes três outras bandas.
Os músicos riachenses realizaram um concerto de elevada qualidade e, mais tarde, receberam felicitações de muitos dos presentes: músicos, maestros e público em geral. Inclusivamente, no discurso de encerramento, a representante da vereadora da Cultura e do Turismo de Lisboa referiu que gostara de tudo o que ouvira mas que a Marcha Eslava executada pela banda de Riachos fora o momento mais alto da tarde.


DIA RIACHENSE
Depois desta jornada de sucesso, a banda chegou a Riachos por volta das 22h. Os músicos estavam cansados mas satisfeitos. Para muitos dos jovens executantes, foi a primeira participação num encontro de bandas e o entusiasmo foi evidente.
Entretanto, como estava planeado, um pequeno grupo de instrumentistas dirigiu-se para o Salão Comunitário, não adivinhando que os aguardavam quase duas horas de espera para encerrar o espectáculo organizado pelos Escuteiros de Riachos: “Dia Riachense”.
Apresentou-se com uma orquestra ligeira composta por 20 músicos que, mais uma vez, ouviu rasgados elogios. Também no final, alguém do público disse: “Não sabia que a banda de Riachos tinha este nível. Quando houver outro espectáculo quero estar presente.” Quando se recebem elogios deste “quilate”, congratulamo-nos pela grandeza da instituição que é actualmente a Sociedade Velha Filarmónica Riachense.


13 DE MAIO
Foi um dia de grandes coincidências: celebrações de Fátima, visita do Santo Padre, tolerância de ponte, quinta-feira de Ascensão, e serviço da SVFR na Bemposta.
Um dia bastante cansativo, pois tratou-se de dar os cumprimentos à população desta localidade pelas ruas durante toda manhã. À tarde, já depois da procissão, fez-se o tradicional concerto onde, mais uma vez, o público presente não conseguiu esconder o agrado pelo espectáculo proporcionado pela nossa banda.
Curiosamente, um elemento da audiência interpelou o maestro: “Então, a menina não canta? Da outra vez cantou!”. “A outra vez” foi há quatro anos atrás, numa deslocação da SVFR à Bemposta, num espectáculo que o tal senhor não esquecera e queria ver repetido.
Tem sido assim: um pouco por todo o lado, a “velha” filarmónica vai deixando novos amigos e admiradores.


O REGRESSO DO TEATRO À SEDE DA FILARMÓNICA
Em Junho, irá estrear a peça teatral “As aventuras e desventuras da Carochinha e do João Ratão, em dia de grande emoção”, nas instalações da colectividade. Será no dia 5, pelas 16h30, e a entrada é livre.
Trata-se de uma dramatização do tradicional conto, reescrita pela Vice-presidente da banda Elisa Amado, que assume as funções de encenadora/cenógrafa. Será um espectáculo em que a música e a arte da representação se completam. Os actores são elementos da banda e, para além de encarnarem as diversas personagens, utilizarão os seus instrumentos no decorrer da peça.
É mais uma iniciativa da Direcção da Sociedade Velha Filarmónica Riachense, que convida os riachenses, em particular os seus sócios, a participarem neste evento cultural.




*Artigo publicado n’O Riachense, em Abril de 2010


25 DE ABRIL EM SANTARÉM
No dia da liberdade, a Sociedade Velha Filarmónica Riachense deslocou-se à antiga Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Para além da Filarmónica Riachense, outras oito bandas do distrito estiveram presentes no evento, a fim de tocarem o Hino Nacional.
Este ano, as comemorações da Revolução dos Cravos incluíram o anúncio, pelo Primeiro-Ministro, da criação da Fundação da Liberdade. A sede desta fundação será, precisamente, nas antigas instalações da Escola Prática de Cavalaria e pretende criar um percurso destinado a crianças e jovens, numa viagem pelo conhecimento marcada pelos valores da Liberdade, da Paz e da Cidadania e “dar a conhecer os feitos mais belos e os mais trágicos da História da Humanidade”. Desde que assumiu a gestão da Câmara Municipal de Santarém, em 2005, Moita Flores tem reivindicado para Santarém – cidade de onde partiu a coluna comandada por Salgueiro Maia na madrugada de 25 de Abril de 1974 (decisiva para o derrube da ditadura) – o título de Capital da Liberdade. A fundação terá como público-alvo os alunos desde o pré-escolar ao 12.º ano de escolaridade, ficando igualmente aberta a todos os adultos que a queiram visitar.
E, aproveitando o tema, tomamos a “liberdade” de nos sentirmos frustrados pelo facto de a confirmação do convite ter chegado com apenas 3 dias de antecedência, e até tristes, não só pela forma como decorreu a actividade, no que concerne à participação das bandas, como pelo tratamento dispensado às filarmónicas presentes.
Como é conhecido, e ao contrário das bandas militares, as filarmónicas são agrupamentos amadores, pelo que qualquer actividade necessita ser programada atempadamente, dependendo totalmente da disponibilidade dos seus elementos: crianças, jovens e adultos, estudantes e profissionais, mães e pais! Não é fácil, portanto, preparar convenientemente qualquer actuação num prazo de tempo tão reduzido. Felizmente, os músicos desta casa revelaram elevado sentido de solidariedade para com uma entidade que tanto nos tem apoiado: a Fundação INATEL.
Por outro lado, o excessivo atraso das entidades governamentais aliado à intenção de manter as bandas permanentemente formadas na parada, quer enquanto se aguardava a chegada das referidas personalidades quer durante os discursos oficiais, demonstrou alguma falta de sensibilidade para com o esforço dispendido por tantas crianças e jovens músicos, num dia de desacostumado calor.
Depois de, finalmente, os agrupamentos musicais terem executado o Hino Nacional, curiosamente voltados de costas para a Bandeira Nacional hasteada (?), chegou ao conhecimento dos dirigentes das colectividades que o lanche prometido apenas teria lugar após os discursos, findos os quais tocariam a marcha “Sobre as ondas”, desde sempre ligada a esta data.
A Direcção da S.V.F.R. saiu em “defesa” dos seus elementos, o bom senso impôs-se e as bandas foram dispensadas de permanecerem na parada. Aos músicos riachenses, cansados e já por demais “bronzeados”, para nada lhes interessou o petisco e preferiram voltar à terra, sempre de ouvidos no rádio, atentos à provável vitória do Clube Atlético Riachense no campeonato. O grande amigo da banda, o riachense José Júlio Pacheco, preparou um acepipe para os músicos, já prevendo o que tantos desejavam.


DOIS EM UM…
Há dias assim, e esse Domingo foi um deles.
Para além da presença em Santarém, a banda aguardava o resultado do jogo disputado pelo Clube Atlético Riachense. Confirmada a vitória, deslocou-se ao largo de Riachos e aguardou pelos Bicampeões Distritais. À chegada dos “heróis”, ouviu-se, então, o hino do Clube, perante os adeptos em grande euforia. Sempre ao som do hino, a Filarmónica encerrou o dia a marchar do largo Manuel Serôdio até à sede da banda. Toc’a música…


UMA DESPEDIDA
Foi na segunda-feira, 3 de Maio, que a Sociedade Velha Filarmónica Riachense se despediu com tristeza de um antigo músico. Francisco Rodrigues da Graça foi executante de contrabaixo durante 34 anos.
Nessa última caminhada, estiveram presentes o Presidente da Direcção, um vogal e o jovem António Dias, músico, fardado a rigor, levando o estandarte da banda. A Sociedade Velha Filarmónica Riachense agradece a dedicação e o empenho demonstrados pelo Sr. Francisco Graça.




*Artigo publicado n’O Riachense, em Março de 2010


TOC’A MÚSICA …
“Toc’a música” é mais uma iniciativa da Sociedade Velha Filarmónica Riachense: um espaço que se pretende plural e aberto, acompanhando a dinâmica da filarmónica, uma forma diferente de manter os riachenses a par do que vai acontecendo na sua banda.
Este editorial é, sobretudo, dedicado a partilhar com os riachenses o decorrer das actividades da colectividade, relatando eventos e anunciando projectos, mas também assumindo a sua responsabilidade pedagógica face à comunidade.
Mas, longe de pretender ser um espaço exclusivo da direcção da filarmónica, acolherá com prazer as contribuições de músicos, estimados sócios, amigos da banda e demais riachenses, quer se trate de histórias passadas, de opiniões ou mesmo sugestões.
A publicação periódica de um artigo constitui, também, a tentativa de atrair patrocínios. Já foram encetados contactos com diversas empresas da região, dos quais se aguardam resultados. No entanto, algumas preferem apoiar efectivamente a SVFR de forma anónima e pontual. A confirmar-se, seria muito positivo para todos os envolvidos: empresas, filarmónica e também para O Riachense, a quem agradecemos a colaboração.
E porquê este título?
Em concertos e arruadas, as bandas necessitam fazer pequenas pausas para descansar ou simplesmente fazer mudança de papéis. Nem sempre o público entende que um instrumento de sopro exige muito esforço físico e, muitas vezes, alguém mais impaciente exclama: “Toca a banda!”, “Toca a música!”. Chega a haver atrito entre músicos e público devido ao cansaço dos primeiros e incompreensão dos segundos. Esta expressão «Toca a música» é bastante conhecida por esse país fora e até usada entre os próprios músicos com natural gozo.


NOTÍCIAS DA FILARMÓNICA
No próximo dia 8 de Maio a banda irá deslocar-se a Marvila, em Lisboa, a fim de participar no Festival de Bandas organizado pela Associação para o Desenvolvimento Cultural e Social de Marvila (ACULMA).
Este festival integra-se nas comemorações do aniversário dessa associação e conta com a participação das bandas de ACULMA, Banda Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, Banda Grupo de Solidariedade Musical e Desportiva de Talaíde e Sociedade Velha Filarmónica Riachense.
De referir que, há precisamente 10 anos, a Filarmónica Riachense participou no mesmo festival e que o seu regresso de deve ao cartel que lá deixou. A perspectiva desta “saída” gerou grande entusiasmo entre os músicos, pela qualidade das bandas envolvidas e pelo convívio que estas actividades proporcionam.
Nesse mesmo dia, decorrerá, no salão comunitário, o espectáculo de angariação de fundos organizado pelo Agrupamento de Escuteiros de Riachos. A banda foi, naturalmente, convidada a participar e envidará todos os esforços para estar presente, estando a chegada de Lisboa prevista para as 22h30. Atendendo ao pedido feito pela organização do evento, apresentar-se-á com um pequeno grupo de músicos - a semente da (possível) futura Orquestra Ligeira da Filarmónica Riachense.
A 13 de Maio, a SFVR irá cumprir o primeiro serviço remunerado do ano, na freguesia de Bemposta, abrilhantando a Festa da Ascensão, comemorada anualmente na localidade. Esta Festa, celebrada em honra de Nossa Senhora do Rosário, teve origem há mais de dois séculos. Nessa época, juntamente com a festa religiosa (missa e procissão), realizava-se uma feira de gado (bovino e ovino) e de quinquilharias, denominada de Feira da Ascensão ou Feira da Espiga, que atraía à freguesia gente de toda a região. Actualmente, a feira já não se realiza, mas a tradição religiosa mantém-se com a realização da eucaristia e com a saída da procissão.




*Artigo publicado n’O Riachense, em Março de 2010


JANTAR–ENSAIO NA FILARMÓNICA RIACHENSE
No passado dia 26 de Março, a Filarmónica realizou, como é habitual às sextas-feiras, um ensaio na sede da colectividade.
O que não é hábito é, em palco, haver cerca de 25 rostos alegres e bem dispostos em redor de um excelente repasto e assistindo ao ensaio da banda!
Foi esta a forma que a Direcção da Banda encontrou para agradecer a todos quantos ajudaram no almoço e no lanche servidos na comemoração do 126º aniversário da S.V.F.R., confeccionando as refeições ou servindo à mesa, nomeadamente a Equipa de Apoio a Eventos, pais de alguns músicos e elementos da Direcção.
Este jantar só foi possível graças à presença do grande baluarte desta filarmónica, que são os seus músicos, e especialmente à inestimável dedicação do Sr. António Júlio Pacheco, que ofereceu a refeição.
Foi uma noite diferente para os músicos por se tratar de um ensaio muito especial e participado. E foi, sem dúvida, uma noite agradável e divertida para os espectadores que, por razões óbvias, nunca têm oportunidade de assistir aos espectáculos da banda em datas festivas.
Este foi a primeira de várias iniciativas do género, que irão realizar-se ao longo deste ano.


OUTRAS NOVIDADES DA S.V.F.R.
Quem visitar agora a sede da banda, terá mais do que uma surpresa.
Começando pelo palco que, tendo sido limpo e arrumado e encontrando-se totalmente livre, constitui agora um espaço com múltiplas possibilidades de utilização, desde jantares a espaço de convívio e de lazer para os músicos, entre outras.
Também a entrada da sede e o bar foram alvo de profunda limpeza e arrumação. Agora, nos dias de aulas e de ensaios, as portas das instalações encontram-se sempre abertas, num convite a quem passa. De facto, tem sido gratificante verificar que os riachenses se aproximam cada vez mais da sua filarmónica, entrando mesmo para assistir aos ensaios e para um dedo de conversa.
No que respeita às salas de aula, a actual Direcção procedeu à remodelação das salas existentes, tendo convertido duas áreas de arrumos em novas salas de aula, tão necessárias para o funcionamento da escola de música.
Dando cumprimento a mais um ponto do programa da nova direcção, Carlos Gameiro deslocou-se às instalações da filarmónica. Mediante a sua disponibilidade, o antigo músico e maestro irá colaborar com a escola de música, leccionando o instrumento Trompa de Harmonia.
No dia 3 de Abril, também Catarina Batista, solista que interpretou Artie Shaw no concerto de aniversário, iniciou a sua colaboração através de aulas de aperfeiçoamento para os alunos de Saxofone e Clarinete.
Outra das apostas da recém-empossada direcção, o Teatro, também “já mexe”! Os ensaios para a representação a ser apresentada em 3 de Junho já estão a decorrer, com muito entusiasmo de todos os participantes. É de notar a polivalência destes jovens que, sendo músicos, enfrentam agora o desafio da representação amadora, com a timidez própria dos estreantes mas sobretudo com muita alegria. Que bom seria o “bichinho” do teatro contagiar os “actores” que ainda há em Riachos.




*Artigo publicado n’O Riachense, em Dezembro de 2009


AS FILARMÓNICAS SÃO O ESPELHO DO PAÍS EM QUE VIVEMOS
As sociedades filarmónicas são consideradas agrupamentos musicais devidamente organizados e preparados de maneira a poder servir em termos culturais e sociais toda uma sociedade ou comunidade em geral, mas também em particular todos quantos nelas participam.
Os jovens que as procuram beneficiam com a sua integração nestes agrupamentos pois, para além da parte social, por vezes é a descoberta de uma carreira muito bonita e digna. Para além disso, usufruem dos benefícios que envolvem a aprendizagem da música e que são vários e extremamente importantes para o desenvolvimento dos jovens. A prática da música estimula a actividade cerebral, reduz a ansiedade e promove a capacidade de concentração, o que é bastante benéfico para o desempenho escolar e tem também um papel preponderante no estímulo da inteligência.
Há alguns anos, durante um festival de bandas organizado pela filarmónica riachense um colega meu disse: ”As filarmónicas são o espelho do país em que vivemos”. Nada mais verdadeiro! Estas instituições, verdadeiros conservatórios do povo durante anos servidas por pessoas de extrema dedicação e grande espírito de sacrifício, vivem em grandes dificuldades, quase em agonia. Não poderão sobreviver sem o olhar atento das entidades responsáveis.
No entanto, enquanto alguns destes agrupamentos pararam no tempo, há os que operam verdadeiros milagres, acolhendo e formando dezenas de jovens e têm exactamente o mesmo apoio financeiro que outros com as portas encerradas. Será justo? Porque não premiar quem se empenha e evolui? Porque não apoiar e incentivar um maior investimento na formação? Por outro lado, mesmo perante tantas dificuldades são os primeiros a ser usados para promoção do ego de qualquer um. Onde deveria existir a maior sensibilidade e educação no trato com os jovens (que, por vezes, têm na banda o lugar onde encontram apoio, carinho, compreensão e amizade) assiste-se, pelo contrário, ao aproveitamento do esforço desse mesmos jovens para proveito próprio. É assim a realidade do nosso país: “Salve-se quem puder”. O mesmo se aplica às nossas filarmónicas. E no futuro veremos quais as que sobrevivem!


“Toca a música”, como diz o povo!




*Artigo publicado n’O Riachense, em Agosto de 2007


PERGUNTAS A VULSO
A Escola de Música da Sociedade Velha Filarmónica Riachense foi, nos últimos oito anos, palco de um trabalho árduo e que pode considerar-se de elevada qualidade, dado que serviu plenamente os objectivos da Velha Riachense que são, hoje em dia, mais diversificados e complexos do que no passado.
Em qualquer banda filarmónica, o objectivo principal da sua escola de música é “alimentar” o corpo de músicos. A Velha Riachense conseguiu, mediante o elevado nível de exigência introduzido na escola de música, a par de grande preocupação com a componente social, tão importante na formação dos jovens, o que poucas bandas conseguem: constituir-se, apenas, de músicos formados na sua escola, em número pouco comum neste tipo de colectividades (cerca de 50 elementos). Para quem não conhece o meio, é de salientar que a esmagadora maioria das bandas filarmónicas se debate com o reduzido número de elementos, tendo de recorrer a músicos “emprestados” de outras bandas, no vulgo “reforços”, para desenvolver a sua actividade musical.
O caminho para este sucesso não foi fácil, uma vez que, há 8 anos atrás, a banda não cativava a população riachense. Foi desenvolvido um enorme esforço de sensibilização junto da população em geral e das crianças e jovens riachenses em particular, mediante acções de demonstração em escolas, sede de escuteiros, espaço de catequese, e audições musicais nas escolas e sede da banda. Assim, o número de alunos que se inscrevem anualmente na escola de música da filarmónica cresceu de apenas meia dúzia para mais do dobro.
Também o método de funcionamento da escola de música, que inclui um investimento forte e constante do maestro em cada um dos alunos, com trabalho desenvolvido por objectivos que motivam e entusiasmam, o clima de entreajuda e trabalho de equipa entre o maestro e os monitores, bem como o saudável ambiente de convivência e respeito que se respira conduziu à actual situação que se vive na Banda Riachense.
Uma outra particularidade da nossa banda é o facto de a faixa etária rondar os 18 anos, sendo que a maioria dos elementos têm idade inferior a 17. Esta faceta, permite à banda uma constante renovação, mesmo perante a saída de músicos, garantindo o seu equilíbrio. Mais uma vez, é uma situação rara no meio filarmónico.
Não menos importante, tem sido o empenho, a dedicação e o apoio prestados pelas direcções que acompanharam a banda neste período. Um Maestro ou Direcção sem músicos, nada podem fazer. São eles o garante, do presente e futuro da nossa Velha Riachense.
Hoje, a Sociedade Velha Filarmónica Riachense é respeitada e admirada, tendo conseguido atrair um grande número de “seguidores” fiéis, admiradores e amigos.
Porém, nem tudo são rosas. As actuais instalações da banda, perante o seu ritmo de crescimento, não oferecem as condições necessárias ao trabalho que se pretende desenvolver futuramente e que se quer cada vez melhor. É urgente reformar o espaço físico da banda de forma a permitir que o seu futuro seja cada vez mais e melhor.